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O Mal Destrói a Si Mesmo

O processo de depuração do Juízo Final.

06/12/2020 às 11h19 Atualizada em 16/04/2023 às 13h05
Por: Roberto C. P. Junior Fonte: O Dia Sem Amanhã
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O Mal Destrói a Si Mesmo

A figura de uma serpente mordendo a própria cauda é um símbolo muito, muito antigo. É chamado “ouroboros”, palavra derivada do grego antigo que significa “aquele que devora a própria cauda”. O significado mais evidente evocado pelo símbolo é o da noção de infinito. Mas ele possui outras interpretações também, duas delas de especial importância para a nossa época: a de que o fim liga-se ao começo, e a de que no final dos tempos o mal destruirá a si próprio.

O símbolo foi revelado pela primeira vez a um sacerdote, há muitos milênios. Tratava-se de um vidente que antevira a queda da Atlântida e se desesperara com o futuro da humanidade, pois havia chegado à conclusão de que os seres humanos sucumbiriam totalmente em seus pecados. No quadro a ele mostrado, aparecia uma mão luminosa dobrando uma cobra de ouro, formando um círculo e colocando a outra extremidade para dentro da boca da serpente. E o vidente soube então que, no tempo do fim, as trevas aniquilariam a si mesmas.

Esse tempo é justamente o nosso tempo. O crescimento desmesurado do mal em nossa época, em todas as esferas de atuação da humanidade, faz parte deste processo. É a fermentação da depuração. O mal cresce em todos os campos como que dentro de uma estufa, ou de uma panela de pressão, até finalmente se autoextinguir, se autoexaurir, juntamente com todas as criaturas que ajudaram a formá-lo e a fomentá-lo, ou que apenas se associaram a ele, seja por má índole, ignorância ou negligência.

Vivemos a era do término do ciclo previsto para o desenvolvimento humano. Um tempo em que, infelizmente, a Terra se mostra dominada inteiramente pelas trevas. É o período em que “Deus esconde seu semblante”. Sobre isso, diz Abdruschin em Na Luz da Verdade – a Mensagem do Graal.

“Aproxima-se, por isso, a época em que a Terra, por um espaço de tempo, deverá ser entregue ao domínio das trevas, sem imediato auxílio da Luz, porque a humanidade forçou isso com sua vontade. As consequências de sua vontade, na maioria, tiveram de provocar esse fim. — Trata-se do tempo que a João foi permitido ver outrora, em que Deus encobre Seu semblante. —”

Há várias passagens bíblicas sobre a imagem alegórica do Senhor encobrindo Sua face, como essas: “Lembra-te da cólera nos dias do fim, do castigo, quando Deus afastar a Sua face” (Eclo18:24); “Quando clamarem ao Senhor, este não lhes responderá; esconderá deles a face naquele tempo, por causa dos crimes que cometeram” (Mq3:4); “Disse o Senhor a Moisés: Esconderei, pois, certamente, o rosto naquele Dia, por todo o mal que tiverem feito, por se haverem tornado a outros deuses. Esconderei deles a Minha face” (Dt31:16,18;32:20). O Senhor deixa a humanidade entregue às trevas formadas por ela própria com tanto afinco, e o resultado disso é o pavor: “Escondes Tua face, e eles se apavoram” (Sl104:29).

O “Dia” ou “dias” mencionados na Bíblia corresponde ao tempo do Juízo Final, que é contado em décadas, e do qual vivenciamos presentemente a sua última fase. A cobra continuará, pois, a engolir a própria cauda com sofreguidão cada vez maior, até desaparecer por completo. Às pessoas de boa vontade, cabe manterem-se afastadas de todo o mal, cuidando de conservar sempre puro o foco de seus pensamentos, para não terem de sucumbir conjuntamente.

O ouroboros tem ainda mais um significado especial. O círculo representado pela cobra também forma a letra “O”, que corresponde à última letra do alfabeto grego: o “ômega”. Quando esse símbolo aparece com um “A” desenhado em seu interior, então isso significa que estamos diante do “alfa” e do “ômega”, isto é, do início e do fim do saber espiritual, da verdade integral e absoluta.

Encontrar a verdade, reconhecê-la e viver de acordo com ela é prerrogativa e dever do ser humano que ainda se movimenta espiritualmente em nosso tempo, o tempo do fim.

Roberto C. P. Junior

Este post em áudio.

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Sobre Roberto C. P. Junior é espiritualista, mestre em ciências, membro da Academia de Letras e Artes de Portugal e autor de seis obras, dentre as quais: O Dia Sem Amanhã, O Filho do Homem na Terra e Jesus Ensina as Leis da Criação, todas publicadas pela Ordem do Graal na Terra, da qual é membro –> bit.ly/livros-OGT. É responsável pela página "O Dia Sem Amanhã" no Facebook, pelo blog odsa.com.br e canal bit.ly/ODSA-YT.
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