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O Legado do Deep Blue

O medo da IA mostra que a humanidade não evoluiu.

24/02/2024 às 12h37 Atualizada em 24/02/2024 às 12h49
Por: Roberto C. P. Junior Fonte: O Dia Sem Amanhã
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O Legado do Deep Blue

O Deep Blue foi um computador de grande porte especialmente projetado por cientistas americanos para jogar um xadrez de alto nível. Em maio de 1997, depois de submetido a uma grande atualização, o Deep Blue venceu o então campeão mundial, o russo Garry Kasparov, num confronto com regras oficiais.

Foi algo sem precedentes, que gerou imensa polêmica e consternação no mundo inteiro, pois o próprio Kasparov encarava a disputa como um confronto entre a humanidade e a máquina, algo como uma queda de braço entre o criador e a criatura. Tanto assim, que até se sentiu ofendido ao ver uma bandeira russa do seu lado do tabuleiro, pois afinal de contas ele estava ali representando toda a humanidade, e não uma nação em particular...

A maior parte dos simpatizantes e analistas do xadrez também vislumbrava o embate sob essa ideia de uma luta intelectual, de onde não poderia haver dúvidas sobre quem sairia vencedor. Por isso, a realidade da derrota foi especialmente dolorosa para muitos. Por toda a parte, via-se pasmo e perplexidade: “A máquina venceu o ser humano!” “O computador vai dominar o mundo!” “A humanidade foi derrotada!” 

Se um computador foi capaz de vencer o melhor enxadrista do mundo, então era evidente que uma máquina podia, de fato, jogar xadrez melhor do que o mais experiente ser humano. Mais: que uma máquina podia ter mais inteligência do que um ser humano, pelo menos mais inteligência para jogar xadrez. Dessa constatação adveio então a perplexidade e o inconformismo de muita gente pelo mundo afora.

Mas eram sentimentos sem razão de ser. O computador venceu o homem numa prova que exigia unicamente raciocínio. Nada a requerer da intuição, nada a requisitar do espírito, daquilo que é vivo e que faz de um ser humano realmente um ser humano. O Deep Blue não tinha capacidade de intuir o certo e o errado, não tinha livre-arbítrio, era incapaz de amar. Não trazia dentro de si o impulso irrefreável de saber quem ele era, o que fazia na Terra e quem o criara. Era e é um objeto morto, que na observação bem humorada de um repórter não foi sequer capaz de comemorar sua vitória.

Mas as pessoas que há muito sufocaram a voz de seus espíritos a intuição, acreditaram e ainda acreditam que a humanidade saiu mesmo derrotada pela máquina. No entanto, quem derrotou a humanidade foi ela própria, num processo que vem já de milênios, quando passou a considerar o raciocínio, um mero instrumento de utilização terrena do espírito, como seu bem supremo, como a mais valiosa e importante dádiva da existência ().

E agora, quase três décadas depois, a humanidade se faz os mesmos questionamentos daquela época, com medo ainda maior de perder a primazia, desta vez em relação à inteligência artificial...

Já é mais do que hora de o ser humano se esforçar em escutar novamente a voz de seu espírito, pois unicamente sua essência espiritual é que faz dele um ser humano.

 

Roberto C. P. Junior

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Sobre Roberto C. P. Junior é espiritualista, mestre em ciências, membro da Academia de Letras e Artes de Portugal e autor de seis obras, dentre as quais: O Dia Sem Amanhã, O Filho do Homem na Terra e Jesus Ensina as Leis da Criação, todas publicadas pela Ordem do Graal na Terra, da qual é membro –> bit.ly/livros-OGT. É responsável pela página "O Dia Sem Amanhã" no Facebook, pelo blog odsa.com.br e canal bit.ly/ODSA-YT.
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