As ações socioambientais da Itaipu Binacional, voltadas para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estarão presentes em um relatório que o governo brasileiro vai apresentar no mês de julho, no Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA).
Como parte dessas ações, a Binacional ajudou a organizar a segunda oficina sobre os Relatórios Nacionais Voluntários (RNVs), evento que acontece de 3 a 5 de abril, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ). Nesta quarta-feira (3), o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, participou da abertura da oficina e de um painel sobre a experiência brasileira na implementação e monitoramento da agenda 2030.
A oficina teve o objetivo de apoiar os 24 países que se candidataram a apresentar os RNVs e realizar análises sobre os progressos da Agenda 2030 e dos ODS. A primeira edição aconteceu em dezembro de 2023, na Etiópia. Os RNVs são documentos que resumem a situação dos ODS, suas metas e indicadores em cada país. No Brasil, o Relatório é organizado pela Comissão Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), que reúne representantes do governo federal, de governos locais e da sociedade civil.
“Para nós, é muito importante fazer parte desse processo. A Itaipu está engajada com o fortalecimento da Agenda 2030 e tem excelentes resultados na implementação de objetivos e metas, com foco no desenvolvimento territorial e gestão participativa”, afirmou Enio Verri durante a abertura do evento.
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, “Itaipu tem uma experiência muito positiva em relação aos ODS e tem contribuído com o governo do Brasil nessa retomada da Agenda 2030.” Ele lembrou as ações do Governo Federal referentes à agenda ambiental e a sugestão brasileira da criação do ODS 18, para o combate ao racismo.
A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, também esteve na mesa de abertura do evento e comentou sobre a importância de uma aliança global para o cumprimento das metas. “Os países precisam caminhar de mãos dadas, porque não adianta o Brasil alcançar todos as ODS até 2030 se a gente tem alguns países que ainda estão muito atrás”, afirmou.
Para a coordenadora residente da ONU no Brasil, Sílvia Rucks del Bo, os relatórios dialogam com governos e outros setores da sociedade, como as empresas. “Itaipu tem uma experiência maravilhosa que, agora, serve de exemplo não só para outras empresas do Brasil, mas para outros países. Depois, com a apresentação que vai ser feita em Nova York durante o Fórum Político de Alto Nível, poderá compartilhar sua experiência com todos os países do mundo e com as Nações Unidas”, considerou.
Também participaram da abertura do evento o embaixador e Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa do Lago; o presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mario Santos Moreira; a diretora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Flávia Vinhaes Santos, além da presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Luciana Servo, que participou remotamente.
Experiência brasileira
Após a abertura, os participantes da oficina debateram em sessões as experiências de cada país. No painel sobre a experiência brasileira, Enio Verri contou que a sustentabilidade é uma preocupação da Itaipu desde a assinatura do Tratado. Ele lembrou a criação do programa Itaipu Mais que Energia, que leva as políticas de acompanhamento dos ODS a 434 municípios no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Além de Enio, participaram da sessão representantes da Comissão Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), do IPEA e da Fiocruz.
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