As palavras detêm um imenso poder, e também a capacidade de um alcance amplo. Podem contribuir para a edificação da paz e da harmonia num grande círculo, ou nele causar devastações de tal ordem que nunca mais poderão ser reparadas.
São poucos, bem poucos, os que conhecem a fundo os efeitos da palavra humana e procuram realmente se policiar em relação a ela. Infelizmente. E mesmo estes, frequentemente, não dão o devido apreço a uma promessa feita, a uma palavra empenhada.
Em questões importantes, sim, cumprem o que prometem, mas nos ditos “assuntos corriqueiros”, via de regra, não. Desse modo, é então nos assuntos mais triviais, precisamente, que eles pecam da maneira mais negligente e despreocupada contra a verdade, pois uma promessa não efetivada equivale a uma mentira aplicada.
As leis da Criação, porém, não fazem nenhuma distinção entre assuntos relevantes e comuns, quando se trata da palavra empenhada. Promessa é dívida!, já bem diz a voz do povo. Se prometemos algo, temos de cumprir. Ou, então, de nos justificar a tempo, de modo a não causarmos danos a quem o prometimento foi dirigido. Danos não necessariamente visíveis e palpáveis, que podem ser, por exemplo, apenas a tristeza e a decepção de quem aguardava por algo que não mais se realizará. A reciprocidade não deixará de atuar aqui também, por mais simples e trivial que seja a situação em que a palavra comprometida não se realizou. Por isso, se não tivermos a mais plena certeza de que podemos cumprir com algo, é mil vezes melhor não prometer nada.
Em Na Luz da Verdade, Abdruschin exorta:
'Portanto, atentai sempre à vossa palavra! E sustentai vossa palavra!'
E em O Livro do Juízo Final, Roselis von Sass adverte:
'A cada promessa traída e a cada palavra não cumprida seguem os demônios da desintegração…'
Uma antiga sabedoria indígena afirma que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa ação fica solto ao nosso lado e acaba se enrolando em nossos pés, impedindo-nos de caminhar livremente. A ideia principal transmitida por essa bela imagem é a de que ninguém fica livre dos fios da reciprocidade quando deixa de observar uma promessa qualquer, seja num assunto sério ou não.
Aliás, é justamente nos assuntos tidos como banais que o indivíduo mostra quem ele realmente é, pois nas coisas mínimas se revelam as máximas. As coisas mínimas constituem o termômetro mais evidente do seu caráter, o qual deveria ser consultado com atenção por ele mesmo, para que mudasse muita coisa de seu procedimento ainda em tempo.
Cada promessa não cumprida é uma mentira que acarreta o respectivo carma negativo segundo a gravidade da falta, o qual atingirá o autor mais cedo ou mais tarde, quando da efetivação da infalível Lei da Reciprocidade.
Já é mais do que hora de o ser humano esforçar-se em escutar e seguir a voz de seu espírito, pois unicamente sua essência espiritual é que faz dele um ser humano.
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